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A Síndrome dos Ovários Policísticos

Síndrome dos Ovários Policísticos – SOP

 

Quase todos os dias tenho contato com alguma paciente que traz uma questão sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos. Em geral, preocupadas pela presença de cistos nos ovários, outras por ouvir alguma coisa sobre dificuldades futuras em engravidar. Mas afinal o que significa ter SOP?

“Ovários Policísticos” ou micropolicísticos é a presença de vários cistos (“bolinhas de líquido”), de pequenas dimensões (menores que 9 milímetros), dispersos na parte de fora do ovário. A síndrome é quando, além dessa alteração ovariana, também observamos uma menstruação que demora a vir, geralmente atrasando mais do que 35 dias, e algumas características físicas ou laboratoriais mais relacionadas aos hormônios “masculinos”.

Esses pequenos cistos não provocam dor. A não ser que o ovário esteja muito grande, podendo inclusive torcer. Mas esse é um evento muito raro.

O que acontece é que com esses cistos dispersos pelo ovário há uma maior concentração sanguínea de uma substância chamada Sulfato de  Dehidroepiandrostenediona (DHEA-S) e/ou do hormônio testosterona. E essa condição é a grande responsável pelas características clínicas das pacientes com SOP. Essas características são: aumento da distribuição de pelos na face, nas costas, no tronco, nos membros ou na região pubiana; ou, aumento da oleosidade da pele que pode ocasionar acne com maior frequência; e queda de cabelo (alopecia).

Além disso ovário apresenta uma resistência aos comandos enviados a ele pela glândula mestra do corpo, a hipófise.  E, quando normalmente ele deveria transformar um folículo microscópico em um folículo maior, com um futuro óvulo em seu interior, isso não ocorre ou ocorre raramente.  E por essa razão há uma maior dificuldade em se conseguir a gravidez.

No entanto, a SOP traz algumas preocupações adicionais: Observa-se uma relação muito próxima com a obesidade (centrípeta), com o “pré-diabetes” e o diabetes mellitus tipo 2, e com o desenvolvimento de doença cardiovascular ateroesclerótica.  Com tudo isso é possível que as pacientes com SOP tenham uma maior predisposição a eventos cardiovasculares e metabólicos.

A obesidade chega a estar presente em até 70% das pacientes, chegando a ser considerada como variante do processo que predispõe à síndrome.

Antes de definirmos o diagnóstico é importante excluirmos algumas doenças até mais sérias que a SOP, que poderiam cursar com uma apresentação clínica muito semelhante. São elas: tireoidopatias, tumores produtores de androgênio, hiperprolactinemia, e hiperplasia adrenal congênita. E isso é feito por meio da dosagem de alguns hormônios no sangue.

Infelizmente, a SOP é uma doença crônica. Pode ter seus sintomas controlados com uso de medicamentos (como anticoncepcionais), e, em alguns casos, pode requerer o uso de remédios e até procedimentos cirúrgicos mais invasivos para se obter a gravidez. A cirurgia é uma exceção: a realização do Drilling Ovariano é a terceira opção do tratamento na tentativa de gravidez, estando atrás do citrato de clomifeno e das gonadotrofinas.

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